quarta-feira, 18 de julho de 2012


Mais de 50 cristãos são assassinados em igreja
     Homens armados disparam contra cristãos que fugiam da violência em sua vila
As famílias eram provenientes da vila de Maseh e haviam fugido da tensão em sua vila, refugiando-se na casa de seu pastor.
Após abrirem fogo contra as pessoas da casa, os homens armados queimaram a casa.
Um representante da etnia fulani negou envolvimento no ataque. No dia 10, o grupo radical Boko Haram assumiu a autoria desse ataque e insistiram que os cristãos devem deixar Cristo e aceitar o islamismo, ou “jamais terão paz novamente.”
Os líderes da igreja afiram que o governo tem ignorado a perseguição aos cristãos e, por causa disso, há mais medo e violência.
A Portas Abertas mantém treinamentos na África voltados especificamente para situações como essa, de pressão do islamismo. 
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoPortas Abertas Brasil

Nigéria

A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
A presença cristã no país data do século XIV, quando dois monges portugueses, Agostinho e Capuchine, chegaram à Nigéria com a finalidade de pregar o cristianismo. A primeira missão cristã só chegou ao país no século XIX, com os ingleses. O número de cristãos é maior na parte sul do país; já o norte é dominado por maioria muçulmana.
A colonização dos países da África pelos europeus, especialmente nos séculos XIX e XX, contribuiu de forma muito significativa para o crescimento da igreja cristã na Nigéria.
A Igreja tem crescido em diversas denominações: anglicana, batista e grupos pentecostais. Os líderes cristãos no norte do país sofrem grande pressão econômica e política.

A Perseguição
O registro histórico do primeiro confronto entre cristãos e muçulmanos data do século XIX, quando um muçulmano chamado Fulani declarou uma guerra santa contra os muçulmanos infiéis e contra os descrentes (não muçulmanos), subjugando as cidades do norte do país e criando o Califado de Sokoto. É através de Fulani que surge na Nigéria o grupo étnico Hausa-Fulani.
Constitucionalmente, a Nigéria é um Estado laico com liberdade religiosa. Durante quase 40 anos, o governo no norte deu tratamento preferencial a muçulmanos, discriminando os cristãos. Pouco foi feito para pôr um fim à perseguição e, como resultado, muitas igrejas foram queimadas e cristãos, mortos.
Embora exista liberdade para evangelizar, há uma forte oposição dos muçulmanos contra aqueles cristãos que procuram praticar este ministério. A oposição islâmica já foi responsável pela morte de muitos mártires, especialmente na região norte do país. Apenas entre 1982 e 1996, ocorreram mais de 18 conflitos de grande escala entre cristãos e muçulmanos no norte da Nigéria. Tais conflitos deixaram um saldo de mais de 600 cristãos mortos e cerca de 200 igrejas incendiadas.
Os Estados não têm permissão para escolher uma religião. Entretanto, desde 1999, a lei islâmica, sharia, foi adotada em 12 Estados do norte. Alguns políticos do norte esperam que a introdução da sharia atraia uma significativa quantidade de grandes investidores de países árabes.
Apesar da garantia de que essa controvertida lei será aplicada somente aos muçulmanos, os cristãos nigerianos e os ex-muçulmanos temem discriminação sob o regime legal.Sabe-se que as garotas cristãs dos Estados islâmicos do norte são forçadas a usar o hijab, traje muçulmano feminino, quando frequentam uma escola pública. Apesar de as escolas mantidas pelo governo serem obrigadas a ensinar tanto a educação religiosa cristã como a muçulmana, as autoridades de muitas partes do norte impedem o ensino do cristianismo.
O estado de Jos, no norte do país, é o local de maior tensão entre cristãos e muçulmanos: entre 1999 e 2001, uma série de revoltas e motins ocorreu na cidade, onde mais de mil pessoas foram mortas. Em 2010 a cidade voltou aos noticiários por causa do enfrentamento entre ambos os grupos, num evento em mais de 500 pessoas foram assassinadas. As revoltas são impulsionadas por questões políticas, econômicas e religiosas. No natal de 2011 diversos ataques a bomba foram feitos contra igrejas cristãs nos quais mais de 40 pessoas foram mortas. O grupo radical islâmico Boko Haram assumiu a autoria dos atentados. Nos ultimos anos houve um significativo aumento da violência sectária no país, principalmente na região norte de maioria muçulmana.
História e Política
A Nigéria localiza-se no oeste da África, às margens do Golfo da Guiné. A topografia do país caracteriza-se pela predominância de terras baixas e planaltos. A região central possui terras mais altas e algumas colinas, enquanto a região sudeste apresenta um relevo montanhoso; a região norte do país possui predominantemente áreas planas. Seu nome faz alusão ao Rio Níger, o principal rio do oeste da África e o terceiro maior do continente africano. Além disso, Niger é considerado um termo oriundo do latim, que, neste idioma, significaria Black em referência aos povos negros da África – mas essa definição não é 100% aceita.
A Nigéria abrigou umas das civilizações mais avançadas da Antiguidade e da história dos Impérios que existiram no continente africano: a cultura Nok (500 a.C. – 200 a.C.). Essa civilização se desenvolveu na utilização de ferramentas industriais, como ferro e estanho; tinha pleno conhecimento sobre a agricultura e a arte, tendo influenciado civilizações africanas posteriores.
As caravanas de comércio árabe alcançaram a África Ocidental no século VII d.C., expandindo para essa região a fé e a cultura islâmicas. Do século XI ao XV, vários estados islâmicos se sucederam no poder, formando estados autônomos. Buscando dominar o comércio e a coleta de impostos ao longo do Rio Níger, a Grã-Bretanha obteve o controle da área que hoje corresponde ao território nigeriano durante o fim do século XIX e o início do século XX, mas o país se tornou independente dos britânicos em 1914.
A Nigéria foi criada em 1914 e já nasceu dividida em três regiões distintas: o norte, predominantemente muçulmano e habitado pelos hauçás e fulanis; o sudoeste, lar da etnia ioruba; e a região sudeste, onde vivem os ibos.
Embora um movimento nacionalista liderado por importantes políticos já tivesse exigido autonomia para a Nigéria dentro da Comunidade Britânica em 1930, foi só em 1960 que o país finalmente obteve de fato a sua independência.
A Nigéria continua experimentando tensão étnica e religiosa, existentes há muito tempo. Embora as últimas eleições presidenciais (em 2003 e 2007) tenham sido marcadas pela irregularidade e pela violência, o país experimenta atualmente o mais longo período de paz desde a independência. Mas ainda há tensões locais, menos generalizadas. Em novembro de 2008, aproximadamente 400 pessoas morreram durante conflitos entre muçulmanos e cristãos na cidade de Jos, logo após as eleições locais.
Em fevereiro de 2009, na cidade de Bauchi, próxima a Jos, novos conflitos religiosos causaram a morte de mais 11 pessoas. Igrejas e mesquitas foram destruídas. Em 2011, novas revoltas impulsionadas por grupos islâmicos ocorreram em todo o norte do país, em protesto à eleição do presidente cristão Goodluck Jonathan: mais de 500 pessoas foram mortas, igrejas, casas e até mesquitas foram incendiadas.
O governo do Estado alega que as constantes crises e confrontos entre muçulmanos e cristãos sempre têm motivações políticas e econômicas por trás.
População
A Nigéria é o país mais populoso do continente africano e o oitavo mais populoso do mundo, contando com a maior população negra do planeta. Além disso, tem uma das maiores densidades populacionais do mundo: aproximadamente um em cada 4 africanos é nigeriano.
Há no país mais de 250 diferentes grupos etnolinguísticos, divididos igualmente entre muçulmanos e cristãos; há também um número significativo de pessoas que seguem religiões tradicionais africanas e são faladas 521 línguas. Os três maiores grupos étnicos do país são: os hauçás, os igbos e os iorubás.
O inglês é usado como idioma oficial no país, facilitando a comunicação entre os diversos grupos étnicos.
Economia
A Nigéria é o principal exportador de petróleo e gás natural do oeste africano: suas produções e exportações representam mais de 40% do seu PIB, conta com 159 campos de petróleo e aproximadamente 1.480 poços. Na agricultura, os principais gêneros produzidos pelo país são cacau, café, amendoim, banana, algodão, cana-de-açúcar, milho e azeite de dendê.

Por Pr. Alex
Fonte: DIP Portas Abertas.

Cristãos sírios falam sobre seus anseios, medos e dificuldades - Parte 2

      A população de Homs, localizada na região central da Síria e principal reduto opositor ao governo do presidente Bashar Al Assad, é a que mais sofre com os confrontos entre rebeldes e as forças armadas
A situação em Homs é miserável, a cidade passa por muitas dificuldades. Segundo nossas fontes, mais de 80 por cento dos cristãos deixaram Homs e foram para  aldeias vizinhas e Damasco. Alguns pastores permanecem na cidade. Soubemos de uma igreja evangélica que foi atacada. Algumas igrejas ainda abrem nas manhãs de domingo para atender os fiéis, mas a maioria das pessoas não comparecem por causa da distância entre suas casas e a igreja e os poucos que moram mais próximos à igreja não têm meios de transporte adequado e seguro para ir ao culto.
"As pessoas que vivem próximas umas das outras se reúnem para orar. Homs é uma cidade fantasma e a situação das pessoas não é estável. Os cristãos que foram embora de Homs, souberam depois que suas casas foram invadidas e saqueadas. "
As escolas em Homs às vezes funcionam, às vezes não. A preocupação das pessoas é com a  segurança de seus filhos na escola, e principalmente no caminho à escola. "As pessoas da cidade não dispõem de recursos, nem mantimentos, isso torna a situação desesperadora", diz um cristão sírio.
A situação em uma pequena cidade está se tornando cada vez mais violenta. Os poucos cristãos que haviam ali já deixaram ou estão deixando o local porque tornou-se  uma zona de guerra. Em outra pequena cidade, porém, os cristãos não deixam de se reunir regularmente. Mas, segundo o pastor, a situação é tensa para a pequena minoria cristã, porque eles sabem que estão cercados por muçulmanos extremistas e de oposição.
Perseverança
Comparado com o que está acontecendo em outras cidades, a situação na capital Damasco é bastante estável. "Mas, ainda assim, as pessoas não saem de casa após o pôr do sol, a menos que seja para áreas conhecidas, seguras e de fácil acesso. Igrejas mantiveram os seus serviços e, as escolas estão funcionando bem, exceto às sextas-feiras. A situação financeira das pessoas piorou. Os pastores da capital tambem alegam que têm ocorrido sequestros e roubos, e que as pessoas estão vivendo com medo.
"Alguns cristãos, querem deixar o país, mas outros dizem que não há como fazê-lo. Eles dizem: 'nós nascemos e crescemos aqui, e aqui vamos ficar, não importa o que aconteça, mesmo que tenhamos que morrer' ".
Vários pastores compartilham o temor que muitos cristãos têm sobre uma possivel queda do governo do presidente Assad, o que pode piorar drasticamente a situação deles. Em geral os cristãos encontram força na sua fé e tentam manter sua atitude positiva confiando que Deus tem uma resposta e trará a paz à Síria novamente. "A igreja está orando sem cessar". Nós oramos muito e confiamos na poderosa mão de Deus", diz um dos pastores da capital.
Por favor, junte-se aos cristãos sírios em oração, ore pela paz do país. O que vai acontecer a seguir? Só Deus sabe a resposta, mas a igreja brasileira deve definitivamente se levantar e orar pelos cristãos sírios e por sua nação.
Pedidos de oração
•Ore pelo fim dos conflitos militares na Síria e pelo restabelecimento da paz no país.
•Ore pelo situação dos cristãos que vivem nas cidades de Homs, Demasco e Aleppo. Peça a Deus que os proteja e supra todas as suas necessidades.
•Ore para que o testemunho de amor, perseverança e fé dos cristãos sírios possa impactar a vida dos muçulmanos.

Fonte: Portas Abertas
Tradução: Marcelo Peixoto
Por Pr. Alex.


Cristãos sírios falam sobre seus anseios, medos e dificuldades

           As revoltas na Síria tiveram início em março de 2011 juntamente com a onda de protestos populares que atingiu a maior parte dos países do mundo árabe, episódio comumente chamado de “primavera árabe”. Após um ano de violentas manifestações a Síria está entre os países cujo presidente não foi deposto e está à beira de uma guerra civil
Esta é a primeira parte do artigo em que cristãos sírios compartilham um pouco de seu dia a dia.
Oração. É isto o que os cristãos na Síria dizem que mais precisam. Após um ano de protestos e violência a situação ainda não melhorou. Toda a população da Síria está sofrendo por causa da violência em curso. Devido à atual situação de instabilidade em muitas cidades, as igrejas decidiram atuar apenas durante o dia e muitas só abrem aos domingos. Muitas escolas cristãs não funcionam às sextas-feiras, dia em que os muçulmanos vão às mesquitas e se reúnem para orar. O que parece atacar a maioria dos cristãos no país dilacerado pelas revoltas armadas é o medo.
Dependendo do lugar onde vivem os cristãos, a situação é diferente. Em Damasco, capital do país, as dificuldades são bem menores do que, por exemplo, em  Homs cidade onde estão instalados os grupos rebeldes e de onde muitas pessoas fugiram. Em algumas cidades os cristãos têm de conviver com sequestros, roubos, falta de combustível e eletricidade, uma economia debilitada e um alto índice de desemprego. Devido à situação difícil e o perigo de uma iminente guerra civil muitos cristãos desejam abandonar o país.
O líder de uma igreja em uma das maiores cidades da Síria, diz: "A situação é ruim. Há morte e sequestros na estrada. O principal alvo dos sequestradores são as crianças, por isso alguns pais deixaram de enviar seus filhos à escola. Muitos carros particulares são roubados e há muito roubo de combustível também", ele então resume a situação em sua cidade. "Sei de alguns cristãos que transferiram seus bens para diferentes países, poucas famílias emigraram, mas muitos estão trabalhando para encontrar uma maneira de sair do país. O grande problema é que as pessoas estão vivendo com medo. Medo do desconhecido, medo por causa da situação atual. Os cristãos sentem medo inclusive pelo fato de serem minoria e não saberem o que esperar do futuro."
Na mesma cidade, o líder de outra igreja diz: "Estamos indo muito bem" Ele diz que as pessoas preferem ficar dentro de suas casas na sexta-feira. Nós nos reunimos para a adoração e as pessoas têm uma fé forte. Nós só temos aberto a igreja aos domingos e temos reuniões de oração nas casas ou na igreja durante a semana com as portas fechadas. O pastor alega que “não há ataques diretos contra os cristãos, mas não sabemos se as coisas mudarão e nem como seremos tratados quando as revoltas acabarem."
Além disso, ele diz: "Estamos acostumando com a situação. Estamos orando para que as coisas voltem ao normal. Minha filha está na faculdade e ficamos com tanto medo quando ela sai para estudar. Por um período de tempo era difícil deixá-la sair, agora está ficando mais fácil, não porque a situação melhorou, mas porque nos acostumamos e Deus está nos dando mais fé. O que podemos fazer? Deus é bom e Ele continua nos dando promessas de Sua palavra."
Pedidos de oração
•Ore pelo fim dos conflitos entre rebeldes e forças do governo e para que haja paz nesta nação
•Peça a Deus pela segurança dos cristãos sírios e para que o desenrolar da situação política lhe seja favorável
•Louve a Deus porque muitos cristãos sírios permanecem no país, a despeito das dificuldades e do medo, para testemunhar a outros sobre o amor de Jesus.
Indicação de leitura: Livro Cristãos Secretos de Irmão André e Al Jansen, Editora. Vida.

Fonte: DIP. (Pr. Alex - Ad sudoeste em Natal-RN)
Projeto Portas Abertas (DIP- Domingo da Igreja Perseguida)

   A Assembleia de Deus Sudoeste em Natal, neste dia 18/07/2012, recebeu um Email solicitando para que fosse observado o LOGIN do site da DIP, e se verificasse a aceitação da igreja, como igreja cooperadora e colaboradora do Portas Abertas. Ficamos felizes, pois agora em definitivo, somos também Portas Abertas. Obrigado Jesus, por mais esta vitória. O ano de 2013 vem aí, e nós daremos as mãos com mais outras igrejas, e um dos nossos objetivos ano que vem é sediar um evento Pré-DIP (Pré-Domingo da Igreja Perseguida), em nossa igreja, mas que tudo seja conforme a vontade de Deus. A Paz do Senhor. Pr. Alex. (AD Sudoeste em Natal-RN).

Segue a Imagem do Site (Área de Igrejas Cadastradas).



sexta-feira, 6 de julho de 2012


Audio da Bíblia (1 Timóteo Cap 1)

ASSEMBLEIA DE DEUS SUDOESTE

S E B I – SEMINÁRIO BÍBLICO DA ASSEMBLEIA DE DEUS SUDOESTE

EPISTOLAS PASTORAIS (1 TIMÓTEO – AULA 1)



Neste novo módulo que iniciamos, nós iremos estudar as Cartas Pastorais, e a Epístola a Filemom. Será de grande proveito para todos nós, pois se trata de ensinamentos e vida pessoal, como também, cuidados especiais para com os outros. Bom estudo. (Grifo do Pr. Alex).



TIMÓTEO (Família, Cooperação no Evangelho, Jovem Líder)



Timóteo é uma figura fascinante do Novo Testamento, converteu-se durante a 1ª viagem missionária de Paulo e tornou-se um dos colaboradores na 2ª viagem, na levou o apóstolo pregar o Evangelho através do mar Egeu em direção à Europa (At 16.1-3).



O Homem e sua família



Timóteo pertencia a uma família mista, era filho de uma judia crente, mas seu pai era grego (At 16.1). Aprendeu sobre a fé aos pés de sua avó Lóide e da sua mãe Eunice (2 Tm 1.5; 3.15). Para que ele fosse útil na evangelização e aceito judeu, Paulo resolveu submetê-lo à circuncisão, porque todos sabiam que seu pai era grego (At 16.3). Essa concessão diante da sensibilidade dos judeus é contrastada com a absoluta recusa do apóstolo em permitir que Tito, seu cooperados gentio, fosse circuncidado; isso envolveria a negação do Evangelho da graça que Paulo pregava (Gl 2.3,16). Alguns comentaristas modernos sugerem que o apóstolo foi incoerente nesta questão ou Lucas, ao escrever, simplesmente se equivocou. O comportamento de Paulo, entretanto, é compreensível, devido aos diferentes contextos em que trabalhava. O apóstolo não estava disposto a comprometer a verdade básica de que a salvação era somente pela graça, por meio da fé. Por isso rejeitava os que obrigavam os cristãos a circuncidar-se. Por outro lado, quando não havia nenhum comprometimento nem violação dos princípios cristãos, estava sempre disposto a fazer as grandes concessões para compartilhar o Evangelho com os outros: (1 Co 9.20). Essa flexibilidade é ilustrada na circuncisão de Timóteo.



Um cooperador do Evangelho



Timóteo trabalhou com Paulo e Silas, a fim de que as boas novas de Cristo chegassem à Europa. A equipe missionária pregou sobre Jesus como o Filho de Deus (2 Co 1.19) em cidades da Macedônia como Filipos, Tessalônica e Beréia. Os judeus de Tessalônica seguiram o apóstolo e seu grupo até Beréia e instigaram a multidão contra eles; por isso, os irmãos o levaram para a costa e o embarcaram para Atenas; Timóteo e Silas ficaram lá, a fim de dar continuidade ao trabalho em Beréia (At 17.13-15). Posteriormente, Paulo desceu a Corinto e Timóteo e Silas partiram da Macedônia e o encontraram naquela cidade (At 18.5). O Apóstolo sem dúvida era o líder do grupo e o porta-voz da fé, mas Silas e Timóteo certamente eram importantes companheiros na missão e estavam felizes por trabalhar sob a liderança e a direção de Paulo. Em Atos 19.22, Timóteo é descrito junto com Erasto como um dos auxiliares o Apóstolo Paulo, os quais foram enviados à Macedônia enquanto Paulo continuava o trabalho na província romana da Ásia.

Semelhantemente, nas epístolas paulinas existe um forte reconhecimento de que Timóteo e outros, como Silas (Silvano), eram cooperadores de Paulo. Assim, quando o Apóstolo escrevia para as igrejas, naturalmente incluía Timóteo como um de seus companheiros nas saudações de abertura ou nas despedidas (1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1; 2 Co 1.1; Fp 1.1; Cl 1.1). No caso dos tessalonicenses, Paulo estava tão preocupado com o bem estar espiritual deles que enviou Timóteo de Atenas para fortalecer e encorajar os crentes naquela localidade. O veterano missionário falou afetuosamente de Timóteo (Ts 3.2). O Propósito da visita era fortalecer a fidelidade dos cristãos diante da perseguição e dos ataques do tentador (1 Ts 3.3-5). Felizmente, a visita de Timóteo trouxe de volta notícias animadoras sobre a fé, o amor e o bondoso interesse dos tessalonicenses para com o Apóstolo (1 Ts 3.7). Na visão de Paulo, Timóteo cumpria satisfatoriamente todas as tarefas que lhe eram incumbidas.



Um jovem líder



Evidentemente, Paulo acreditava que Timóteo era um dos jovens que demonstravam maior potencial para ser líder da igreja emergente, o qual podia ser chamado para ocupar qualquer cargo de liderança quando fosse necessário. Não foi surpresa o que o Apóstolo disse sobre ele aos romanos (Rm 16.21). Semelhantemente, Paulo associou Timóteo consigo mesmo nas palavras iniciais de saudação aos Filipenses, ao descrever ambos como “servos de Cristo”. Mais tarde, na mesma carta, o Apóstolo prestou tributo a Timóteo, ao reconhecer sua preocupação genuína com os Filipenses, em contraste com atitudes egoístas dos outros (Fp 2.20,21). Paulo tinha plena confiança no histórico de Timóteo como obreiro cristão (Fp 2.22).

Paulo valorizava tal companheiro no Evangelho (1 Co 4.17). O Apóstolo instrui os coríntios, a fim de que Timóteo não fosse tratado com menosprezo, mas recebido calorosamente como um genuíno obreiro cristão, que fazia a obra de cristo da mesma maneira que Paulo (1 Co 16.10,11). O Apóstolo esperava que os cristãos respeitassem os jovens líderes como Timóteo (1 Co 16.11b).



1 Timóteo



Autor: Paulo - Tema: A Sã Doutrina e a Piedade - Data: 65 d.C.



O Apóstolo Paulo teve três propósitos aos escrever esta epístola, o primeiro deles era exortar o próprio Timóteo a respeito de seu ministério, como também de sua vida pessoal; o segundo foi exortar e alertar ao jovem pastor Timóteo a defender a pureza do evangelho e seus santos padrões da corrupção causada por falsos mestres; e uma terceira e última, era dar a Timóteo instruções a respeito de vários assuntos e problemas de Éfeso,

Nesta carta há um cuidado de Paulo com o seu jovem auxiliar Timóteo para que ele lute pela fé, e refute os falsos ensinos que estavam comprometendo o poder salvador do Evangelho (1.3-7; 4.1-8; 6.3-5,20,21). Paulo abrange os ensinos a Timóteo de como lidar com vários grupos dentro da igreja, como as mulheres em geral (2.9-15; 5.2), as viúvas (5.3-16), os homens mais idosos e os mais jovens (5.1), os presbíteros (5.17-25), os escravos (6.1,2), os falsos mestres (6.3-6), e os ricos (6.7-10,17-19). Paulo também confia a Timóteo cinco tarefas distintas para que ele cumpra (1.18-20; 3.14-16; 4.11-16; 5.21-25; 6.20-21). Paulo também nesta epístola exprime sua afeição e afeto por Timóteo, como sendo ele filho na fé do Apóstolo. Ele também estabelece um alto padrão de piedade para com a vida de Timóteo e da igreja.

Esta epístola foi dirigida diretamente a Timóteo, que era representante legal de Paulo em Éfeso. Contém uma mensagem pessoal, com profunda emoção e sentimento. Transmite a responsabilidade Pastoral de manter o Evangelho puro e livre de falsos ensinos que enfraqueçam o seu poder salvador; como também, enfatizar a santa vocação da igreja e as altas qualificações que Deus requer para os seus obreiros, e por fim, ela fornece a orientação mais específica no NT sobre o correto relacionamento do pastor com os grupos sociais da igreja, segundo a idade e seu sexo.


Fontes:
- Quem é quem nas Escrituras. Ed. Vida,   Paul Gardner.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD
- Pequena Enciclopédia, Orlado Boyer.
- Grifos Próprio do Pr. Alex.